Pau Brasil: a Árvore da Música.

O desafio era encontrar a madeira perfeita. Depois de muitas experiências, o artesão acabou encontrando-a nos barris de açúcar que vinham de longe, do Brasil. Era de cor avermelhada e resistente, mas capaz de se curvar às mãos exigentes do acheteiro. Conhecida como “pernambuco”, a madeira da cor da brasa era o nosso Pau-Brasil que de tão abundante nas nossas matas, deu nome à nossa nação: a terra do pau Brasil ou simplesmente Brasil.
Hoje, os archetários do mundo inteiro sabem que La Tourte encontrou a madeira perfeita e os violinistas fazem coro: “O arco feito com o pau-brasil é o melhor, tão bom que praticamente toca sozinho”. “Nenhum outro possui a sua sonoridade”. “Como tocar Korsakov, com arco feito de outra madeira”?
Explorado intensivamente desde os tempos da colonização , o pau-brasil está em perigo de extinção. A profissão de fazedor de arcos e a música também estão ameaçadas. Encontrado apenas nas nossas florestas, o pau-brasil é imprescindível para o som dos violinos e dos outros instrumentos de corda. Tão imprescindível que deu origem à Iniciativa Internacional para Preservação do Pernambuco (Pau Brasil). O movimento ganha força e muitos órgãos já participam do empreendimento de salvar esta maravilhosa espécie: o Instituto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a Funbrasil e a Comurnat, entre outros.
Na Bahia, uma experiência tem tido sucesso: o plantio do pau-brasil junto com o cacau. Cientistas perceberam que o pau-brasil tinha se conservado bem em terrenos onde havia o cacau. Então resolveram testar e só podia dar certo porque não podemos prescindir do pau-brasil, a “Árvore da Música”.
Nota: No Festival Internacional de Filme Ambiental (FIFA), o filme “Árvore da Musica” que aborda justamente este tema foi eleito o melhor filme pelos jornalistas.
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